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Parte 6 - A hora mais esperada: a aula de educação física

  • Foto do escritor: Jornalismo
    Jornalismo
  • 22 de nov. de 2019
  • 2 min de leitura

Foto: Arquivo Pessoal


Por: Eduarda Prawucki


Só lembranças boas. Resultado de muito esforço e dedicação somado com diversão, esses foram os dois anos de magistério de Valnira Rossi, que hoje está na plenitude de seus 51 anos de idade. Na época, não existia ensino médio em uma escola próxima de casa, por isso, Valnira precisava se deslocar todos os dias mais de 25 quilômetros. “Mas não havia lamentação, tinha que ir e pronto”, afirma.

O casão, como é conhecido hoje, mas que na época era chamado de ginásio, era sinônimo de coisas boas. Toda aula de educação física era esperada com muita ansiedade pelos alunos. Essa é a afirmação da Valnira, pela sua vivência de estudante de magistério que frequentou a escola Pedro II de 1984 a 1986. “Tínhamos aulas de educação física no ginásio, o casarão estava em condições de uso e não aparentava necessidade de uma reforma. A pintura estava conservada e os materiais que utilizávamos na aula eram íntegros”, lembra Valnira.

Os alunos do ensino médio não tinham mais a disposição das crianças do ensino fundamental, mas a aula de educação física é sempre a mais esperada pelos alunos e em 1984 não era diferente. Vaninha, como é chamada pelos íntimos, lembra que aprendia dinâmicas que poderíam ser utilizadas com seus futuros alunos do ensino primário. “Fazíamos aula de teatro, jogos, brincadeiras e danças. Havia uma sala lateral que permitia que os professores guardassem as bolas, fitas e balaios que utilizávamos nas atividades”, conta a ex estudante.

Vaninha lembra que o bairro Centro, de Blumenau, era muito diferente, nada asfaltado, poucas construções, mas comparado ao interior, ele já fazia seus olhos brilharem, pois tinham muitos comércios e era movimentado. Na época a empresa que cuidava do transporte coletivo de Blumenau era a Glória, que disponibilizava uma linha que permitia saltar do ônibus onde hoje é o Colégio Sagrada Família para chegar até a Escola Pedro II. “Lembro como hoje, nós utilizávamos os tickets de papel picotado para pagar a passagem do ônibus”, lembra a ex aluna.

“Hoje está muito diferente do que era em 1984, eu não estudava na área construída do outro lado da rua do casarão, minhas aulas eram na parte superior, atrás do ginásio tinha uma rua com escadas que davam na escola, lá em cima do morro, onde hoje não é utilizado para nada pela escola”, conta Vaninha.

Na época, havia a opção de fazer magistério, contabilidade, farmácia ou redação em conjunto com o Ensino Médio, por isso a escola era sempre cheia de alunos. “Tenho uma lembrança muito feliz do casarão, aprendi muito e meus professores foram sempre pessoas muito positivas. Lembro bem do palco que servia para apresentações, no qual eu tive a oportunidade de ter um registro com a turma de 1986. Muito alegre em poder relembrar de tudo isso”, suspira Vaninha, olhando as fotos da época com um sentimento nostálgico.

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