Conclusão - Um casarão de 1924 repleto de histórias
- Jornalismo
- 22 de nov. de 2019
- 1 min de leitura

Foto: Eduarda Loregian
Por Eduarda Loregian
Hoje, apesar de tudo o que fiz e presenciei, fui abandonada.
Vejo muita movimentação a minha volta, mas o mais perto que chegam de mim é para
utilizar os cantos de minhas paredes como apoio.
As vezes recebo alguns visitantes, mas eles raramente respeitam a minha estrutura.
Tenho desenhos e manchas que essas pessoas e também o tempo me proporcionaram.
Às vezes apenas queria desaparecer, mas sigo com fé de que um dia apareça alguém para
me ajudar a preservar tudo o que sei.
É triste, mas ao mesmo tempo me alegro de ter presenciado tanto. Conheci pessoas que
nem posso contar e vi tantas mudanças que se fosse falar de todas daria mais do que uma
sequência de crônicas reportagens.
Hoje, tudo o que me resta são esses alunos de jornalismo (acho que eles não tem muito o que
fazer), despertaram através de mim a curiosidade de saber mais, e os ajudei no que pude.
Sozinhos eles não podem fazer muito, mas pelo menos se este for o meu fim, terei algumas
de minhas memórias registradas nestas crônicas.
Agradeço aos meus pais que já se foram a muito tempo e onde quer que estejam gostaria
que soubessem que os amei por me colocarem neste mundo.
***Deixamos aqui o nosso agradecimento ao vereador Sylvio Zimmermann por nos ter concedido as fotos do Arquivo Histórico da cidade para a realização desta série de Crônicas Reportagens.
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