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Artista deixa que usem seu corpo como objeto em exposição

  • Foto do escritor: Jornalismo
    Jornalismo
  • 1 de nov. de 2019
  • 2 min de leitura

Por Larissa Segatte



Marina Abramovic é uma artista performática, iniciou a carreira nos anos 70 e mantém até os dias atuais. Com 71 anos e morando na Sérvia é considerada a avó da “arte da performance” que busca explorar relações da arte do limite do corpo humano. Aliás, usando seu próprio corpo.

Em 2010 realizou a primeira exposição no Museu da Arte Moderna em Nova York, intitulado em “O Artista Está Presente”. Ela ficou em exposição durante três meses parada sentada em uma cadeira disponível ao público. Marina teve muitos trabalhos ao longo de sua carreira, mas foi a exposição Rhythm 0 que gerou um resultado incomum.

Em 1974 no Studio Morra em Nápoles na Itália, Marina permaneceu exposta durante 6 horas e os participantes poderiam usá-la como objeto. Próximo dela havia uma mesa com 72 itens e entre eles, lâminas, penas, facas, flores, água, pistola com balas, entre outros. O propósito era simples:

– Existem 72 itens na mesa e pode usá-los como quiserem em mim.

– Premissa: Eu sou um objeto. Durante este período, eu assumo toda a responsabilidade pelo que acontecer.

Tudo começou timidamente, fizeram cócegas, decoraram-a com flores, enrolaram uma corda em seu corpo .. e a partir desse momento as atitudes das pessoas começaram a mudar. Encharcaram ela com água, tocaram intimamente, usaram correntes, até que veio um homem e a cortou no pescoço com a lâmina de barbear, enquanto outro passava espinhos de uma rosa em sua barriga. Cortaram suas roupas, a feriram pelo corpo, enquanto ela ficava parcialmente nua, pequenas agressões sexuais eram cometidas enquanto ela fica parada. A medida que ela se esforçava para não esboçar expressão, as pessoas aumentavam a intensidade do que faziam.

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