O que aprendi com o documentário Cowspiracy
- Jornalismo

- 7 de out. de 2019
- 2 min de leitura
Eduarda Loregian
Lançado em 2014, com 1h e 30 min de duração, o documentário nos faz refletir sobre diversos temas relacionados ao impacto ambiental. O mais pontuado é como a agropecuária e o consumo de carne impactam no meio ambiente. E um questionamento que acredito estar relacionado ao título do documentário é: por que as organizações ambientais não tocam no assunto?
Conspiração, esse é o título do documentário que mostra a visita de Kip Andersen a organizações ambientais que demonstram que o impacto causado pelo agronegócio é um assunto que não deve ser tocado. O documentário mostra que organizações fazem campanhas e movimentos sobre escovar os dentes com a torneira fechada, por exemplo, mas não falam em iniciativas sobre a maneira com que o agronegócio acontece

e empobrece nosso planeta.
Segundo o documentário, a agricultura animal, além de cruel, é a principal causa de desmatamento, poluição e desperdício de água do planeta. Dados do documentário dizem que 51% das emissões globais de gases de efeito estufa ocorrem devido ao gado e seus subprodutos; enquanto 13% ocorrem devido ao transporte, incluindo por estradas, trilhos, ares e água. E ainda que os resíduos de uma fazenda com 2500 vacas leiteiras é igual ao desperdício de uma cidade de 411000 pessoas.
Algumas críticas foram feitas ao documentário de Kip Andersen e Keegan Kuhn, contestando a afirmação de que a agropecuária é o principal agente devastador da natureza. A questão é que, sendo ou não o principal, tem uma parcela enorme na devastação da natureza. Portanto, torna-se necessária a análise deste ambiente e a realização de ações que possam reduzir o impacto causado ao planeta, assim como a do ato de escovar os dentes com a torneira aberta.
Resumindo, o que aprendi com esse documentário é que devo ter um olhar crítico diante do mundo, e não acreditar sem antes questionar. Por mais normais que as coisas pareçam, e por mais acostumados que possamos estar com o nosso estilo de vida, devemos nos esforçar para sair da média e enxergar o contexto, o pano de fundo. Assim podemos viver com a certeza de que nossos atos não foram impensados e que fomos simples coadjuvantes de um roteiro estabelecido por quem pensa muito, mas, para fazer com que você não pense.





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