O Jornalismo se transforma para informar a população na pandemia do novo coronavírus
- Jornalismo
- 17 de jun. de 2020
- 2 min de leitura
Por Emerson Geraldo José.

A pandemia do novo coronavírus transformou radicalmente a forma de trabalhar
os hábitos e os comportamentos sociais nas Américas, Europa, África, Ásia e Oceania,
ou seja, em todos os continentes. Com tantas transformações repentinas, o jornalismo,
como tantas outras profissões, teve de se reinventar para cumprir o seu papel dentro da
sociedade.
Empresas de comunicação e jornalistas precisaram adaptar regras e protocolos, a
sala de estar, quarto e escritório de casa viraram extensão das redações e estúdios, o
Home Office entrou com força na indústria da Notícia.
Um exemplo deste novo processo de trabalho jornalístico vem de Santa
Catarina. A NSC, grupo de comunicação que possui uma rede estadual de rádio, TV,
Portal de notícias e revista impressa reorganizou suas equipes para reduzir o máximo
possível de pessoas compartilhando o mesmo ambiente quando a organização mundial
de saúde (OMS) recomendou o distanciamento e o isolamento social como forma
eficaz de diminuir riscos de contaminação.
Marina Dalcastagne, repórter da NSC TV de Florianópolis relata que nunca
viveu uma experiencia como essa no jornalismo e não imaginava que havia tantas
possibilidades de fazer jornalismo, principalmente na TV. O jeito, segundo ela, foi
aprender rápido o novo.
“Se antes ninguém imaginava fazer jornalismo na TV ficando em casa, hoje
passou a ser necessidade. E tem que ser, sem choro. A gente aprende e agradece a
tecnologia por permitir isso”, diz Marina. Segundo a jornalista, as formas são diferentes,
mas a essência é a mesma. “Eu não faço do jeito que aprendi na faculdade, até porque a
tecnologia era outra na época, mas sigo os mesmos pilares”. Marina considera que
jornalista não é super herói, mas tem certeza que faz parte do grupo essencial. “O nosso
trabalho tem muita importância e faz toda a diferença”, diz.
Em uma crise de saúde mundial levar a informação para a sociedade, ainda que
de uma forma muito diferente da habitual, é essencial para que a sociedade possa
interpretar e tomar decisões, decisões que neste momento podem ser vital.
Assim como os profissionais de saúde os jornalistas também estão na linha de
frente desta pandemia e seguir as recomendações de saúde é fundamental no exercício
diário da profissão.
“Temos o hábito de passar álcool gel o tempo todo - no carro tem, nas redações
também. Pra falar a verdade, eu aprendi a fazer isso. Antes eu deixava esses cuidados de
lado como se a correria fosse justificativa aceitável pra correr qualquer risco. Não é. E o
medo vai nos ensinando isso. Aprendi que não estamos no controle, e que não somos
blindados”, diz a repórter Marina Dalcastagne.
Mais do que nunca a sociedade está voltada para a imprensa na procura de
orientações e respostas para dúvidas, e também para ter um pouco de comodidade na
rotina de uma quarentena.
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