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A mulher no Fotojornalismo Esportivo

  • Foto do escritor: Jornalismo
    Jornalismo
  • 25 de nov. de 2019
  • 2 min de leitura

Foto: Arquivo Pessoal/Julia Galvão


Por Bruna Evelin


A fotografia é uma arte dinâmica e promissória para os profissionais. Como profissão, é abrangente e existem inúmeras modalidades na área disponível para especialização. Entre elas, está a fotografia esportiva um gênero que visa registrar atletas geralmente no momento das competições, eventos e outras performances.


Mesmo que nessa profissão a maioria dos fotógrafos sejam homens, as mulheres estão crescendo nessa área. Infelizmente, mesmo tendo credibilidade, o preconceito contra as profissionais ainda é muito presente. Apesar de serem reconhecidas pelos próprios atletas, ainda é colocado diariamente em debate a presença mulher no fotojornalismo.


Rafaela Martins é fotojornalista e atualmente mora em Florianópolis (SC),ela descobriu seu amor pela profissão quando conheceu o trabalho do fotógrafo brasileiro Sebastião Salgado. Assim como o artista, ela queria fotografar a realidade e foi no fotojornalismo que Rafaela descobriu que isso era possível.


Quando se falava que tinha pauta nova para cobrir, as “desculpas” para recusar, não tinham vez. A fotógrafa saía às pressas de onde quer que estava e corria para o local anunciado, e nem sempre chegava com uma boa recepção de quem já estava por lá. “Muitas vezes não éramos bem-vindas em determinadas pautas, mas tínhamos que mostrar de alguma maneira o que estava acontecendo, sempre sendo profissional e tentando separar os sentimentos. Como mulher, acredito que ainda existe preconceito, mas temos sempre que se posicionar e lutar pelo nosso espaço”.


Se as histórias e os obstáculos superados de Rafaela já transcreviam o seu amor pela profissão, Julia Galvão, de apenas 20 anos, mostra que já tem uma bagagem de muitas aventuras pela fotografia esportiva, e que há o outro lado da moeda quando se fala sobre o preconceito.

A jovem moradora de Chapecó (SC), começou a fotografar aos 14 anos, e mal sabia que as imagens feitas no campo para o time Metropolitano de Blumenau iriam fazer com que hoje ela se tornasse a fotografia profissional do time de base da chapecoense.


Com o tempo, a jovem começou a fazer muitas viagens, conheceu novos times, novos lugares e novas pessoas. Julia comenta que é muito respeitada pelos colegas de trabalho e de outras cidades. “Sempre me respeitaram, levo meu trabalho a sério e nunca dei abertura para situações, que pudessem gerar preconceito. Mas nunca estamos livres em relação a isso, todo o cuidado é pouco”.


Para uma fotojornalista cada momento é único e enfrentar algumas caras feias e acreditar no seu potencial é uma grande tarefa. Nem sempre as fotos que são tiradas saem do jeitinho que querem, mas vale a tentativa.


O importante é que a mulher fotojornalista, independente de qual modalidade do esporte, esteja pronta para qualquer pauta, pois elas também podem fazer as mesmas funções.

 
 
 

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