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Quem foi o primeiro presidente da República do Brasil?

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    Jornalismo
  • 19 de nov. de 2019
  • 3 min de leitura

Por Olga Helena














Foto: Wikipédia


É uma história um pouco complicada, em 24 de fevereiro de 1891 foi instituída a primeira constituição republicana que estabelecia as eleições diretas de Presidente e vice. Essa constituição também previa que o primeiro Presidente e seu vice fossem eleitos de forma indireta, ou seja, pelo Congresso. No dia seguinte à promulgação da Constituição foram eleitos Deodoro da Fonseca para Presidente e Floriano Peixoto para vice, um período conhecido como “República da Espada”, pois seus dois primeiros presidentes eram militares.


Quem foi Deodoro da Fonseca?

Marechal Deodoro da Fonseca, era natural de Alagoas, no dia 5 de Agosto de 1827. Estudou em escola militar desde a adolescência o que definiria suas decisões e ações dali em diante. Aos 21 anos, ele integrou as tropas para combater a Revolução Praieira em Pernambuco além de participar de outros conflitos durante o Império, como a Brigada Expedicionária ao Rio da Prata, o cerco a Montevidéu e a Guerra do Paraguai.


No ano de 1885 ingressou oficialmente na Política, exercendo o cargo de presidente da província do Rio Grande do Sul, o que equivale a Governador nos dias de hoje. Assumiu a presidência do Clube Militar de 1887 a 1889 e liderou o setor antiescravagista do Exército. Com o título de marechal, Deodoro da Fonseca proclamou a república brasileira no dia 15 de novembro de 1889 e assumiu a chefia do governo provisório.


Como o Marechal Deodoro da Fonseca não foi eleito democraticamente, pois assumiu provisoriamente o governo do país após a intervenção militar. Sua gestão foi marcada por crises políticas e econômicas, além do desconforto e revolta da população pelo seu autoritarismo. Esses problemas políticos e econômicos resultaram no fim do seu mandato em 23 de novembro de 1891, sendo que a prazo seria 1984. Quando Deodoro da Fonseca renuncia ao cargo, Floriano, como seu vice, assume a presidência do Brasil no dia 23 de novembro de 1891.


Assume Floriano Peixoto o 2º Presidente do Brasil

Com a sua ascensão à presidência da república muitas pessoas se posicionaram contra ele, pois não consideravam legítimo seu mandato, visto que assumiu o cargo de vice sem eleições. Conhecido como “Marechal de Ferro”governou entre 1891 e 1894. Ele diminuiu os impostos, preços dos produtos e das habitações, o que gerou grande admiração da população. Floriano, incomodou grande parte da elite do país, sobretudo da oligarquia cafeeira, liberal e descentralizada, por atuar principalmente com a parte mais pobre da população. Ao final de seu mandato aposentou-se da vida pública e no dia 15 de novembro de 1894 o paulista Prudente de Morais (1841-1902) assume a presidência do país.


Prudente de Morais “ O 1º Presidente eleito por voto popular”

Em 15 de novembro de 1894 assumiu a presidência da República Prudente de Morais. Ele foi o primeiro presidente civil, eleito pelo voto popular e terceiro presidente da república. Durante seu mandato enfrentou diversas crises entre elas a Insurgência do Arraial de Canudos em 1896 e o início da Guerra de Canudos em 1896. No mesmo período o presidente teve de se afastar do cargo, devido a problemas de saúde. Em sua ausência ficou o vice-presidente Manoel Vitorino, este conspirou contro Prudente de Morais em sua ausência. Ao ficar sabendo disso Prudente de Morais reassumiu o posto de presidente em 4 de março de 1897.


No dia seguinte, Prudente de Morais recepcionava o marechal Bittencourt que retornava da Guerra de Canudos na Bahia, quando sofreu um atentado. Marcelino Bispo, um militar florianista, pretendia disparar uma arma de fogo na direção de Prudente de Morais. Marechal Bittencourt desvencilhou Prudente do atentado, porém foi atingido por um golpe de espada e faleceu.


Economicamente seu governo procurou liquidar dívidas por meio de captação de recursos estrangeiros. Adotou, então, a política econômica do funding loan que consistiu na consolidação da dívida que seria quitada no prazo de sessenta e três anos a juros de 5%. Essa prática econômica foi largamente executada no governo presidencial do sucessor Campos Sales. Em 15 de novembro de 1898 terminou o mandato presidencial de Prudente de Morais.


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