MORO E O CONGRESSO NACIONAL
- Jornalismo
- 9 de mai. de 2020
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Não era segredo para ninguém que os deputados federais não morriam de amores pelo ex-ministro Sérgio Moro por conta da conduta dele, ainda lá atrás, quando ainda comandava a Lava Jato e adorava investigar políticos que insistiam em usar o governo para negócios próprios.
O problema de Moro é que ele levou para o Ministério da Justiça do Governo Bolsonaro a mesma conduta, sem dar qualquer abertura para negociação de aprovações das emendas que passaram pelo Congresso e teve nas emendas mais importantes sendo muito mexidas ou sequer aprovadas.
Na frente das câmeras, a maioria dos deputados federais diz ser um retrocesso e uma grande perda a saída de Sérgio Moro do Ministério só para pressionar o Presidente Bolsonaro para uma futura negociação.
Nos corredores do Congresso, em Brasília, a grande maioria dos deputados sentiu um alívio com a saída do ex-ministro porque agora, principalmente o centrão, vai poder negociar com mais facilidade espaço no governo Bolsonaro para apoiá-lo nas propostas que o governo federal deverá enviar para apreciação.
Nem mesmo Rodrigo Maia (DEM) terá força para derrubar o presidente da república, pois a grande maioria dos deputados se elegeu com votos do eleitor de Bolsonaro e tem medo de ir contra essa massa com a conseqüência de não se reeleger em 2022. Um levantamento feito pela Paraná Pesquisas aponta uma rejeição de 77,1% da reeleição de Rodrigo Maia à presidência da Câmara dos Deputados e isso vai pesar na queda de braço entre Maia e Bolsonaro.
No congresso tudo passa pela negociação com vistas às eleições, sejam elas quando forem, pois político de Brasília só tem força quando tem mandato e espaço no governo.
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